quinta-feira, 27 de março de 2008

As "Dragoas" de Komodo, Akasha, Shamaya, eu... tudo farinha do mesmo saco!

Pois é... eu tenho certeza que na encarnação passada eu fui uma fêmea de Dragão de Komodo.
Meus amigos falam que é viajem minha, mas esse bicho tem um não-sei-o-que que me encanta!
Será que as pessoas não percebem como elas são lindas e poderosas? E elas tem tipo super poderes... Uma saliva venenosa que mata a vítima depois de uma única mordida. Funciona assim:
Elas mordem uma vez e depois seguem a vítima como uma sombra. Após poucos dias, a presa morre e elas a devoram.
Elas reinam em Komodo e em outras ilhas da indonésia, elas são gigantes e déspotas! E são as criaturas mais evoluídas da natureza, além de serem todas feministas radicais (rs)!
Não acredita?
Fêmea de dragão-de-komodo se reproduz sem macho
Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de procriar sem terem sido fecundadas por machos. A partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra e descrita por biólogos em estudo na revista "Nature".
A fêmea Flora, que vive no zoológico de Chester (Inglaterra), pôs em maio 25 ovos, dos quais 11 pareciam ser viáveis, sem que tivesse cruzado com um macho dessa espécie, que na idade adulta pode chegar a medir três metros e pesar até 90 quilos.
Os ovos de Flora, uma das fêmeas descritas, devem ter a casca rompida pelos filhotes no começo do ano que vem, afirma Kevin Buley, um dos curadores do zoológico de Chester, onde vive o animal.Oito desses 11 ovos continuaram a se desenvolver normalmente, e os filhotes têm previsão de nascimento para janeiro, já que o período de incubação nessa espécie oscila entre sete e nove meses.
A fêmea Sungai, que vivia no zoológico de Londres, pôs ovos dois anos e meio após seu último contato com um macho e seus filhotes, nascidos sete meses e meio depois, eram sadios.
Os cientistas, dirigidos por Phill Watts, da Universidade de Liverpool, submeteram as ninhadas das duas fêmeas a "testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães.
"Embora se saiba que outras espécies de lagarto realizem autofecundação, esta é a primeira vez que esse processo [de partenogênese] é identificado em um dragão-de-komodo", explicou Kevin Buley, co-autor do artigo, em comunicado divulgado pelo zoológico de Chester.
O dragão-de-komodo vive em várias ilhas da Indonésia, mas tem população pequena, fragmentada e sofre perda de habitat. A espécie pode crescer até atingir três metros de comprimento e é o único lagarto capaz de comer presas maiores do que ele próprio. (Sua saliva tem uma flora bacteriana altamente tóxica, capaz de matar presas por septicemia.)
Uma das teorias sobre a evolução da partenogênese nesses animais é que ela tenha surgido para as fêmeas colonizarem ilhas distantes sozinhas.
Gente... até as femeas de Dragão de Komodo aprenderam que o macho é totalmente dispensável e foram colonizar ilhas sozinhas! Quando é que as humanas vão apredender isso? E aprender de quebra a parar de apanhar, de sofrer todo tipo de violencia e de serem estupradas pelos machos da sua espécie?
Hum... acho que só quando os machos humanos estiverem em extinção... por isso eu ainda acho que a Akasha é que estava coberta de razão!
Aliás, antes eu disse que as " dragoas" eram feministas radicais, mas sabendo que o feminismo prega a igualdade entre os sexos, sou obrigada a reformular minha afirmação! Feminista o caralho, tanto as "dragoas" quando a Akasha a Shamaya e eu, acreditamos mesmo é na supremacia feminina! Se nós, as próprias femeas não fizermos quem vai fazer por nós?
Bom, termino esse post incentivando as femeas humanas a presidirem sozinhas seus espaços,e de preferência furiosas como as femeas de Dragão de Komodo.
E, dizendo que antes de terminar ao lado de um macho, eu acho mais digno ser devorada por uma "Dragoa" de Komodo!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Essa sempre me abala.

E é tão simples...

Janis Joplin - Summertime

Summertime, time, time,
Child, the living's easy.
Fish are jumping out
And the cotton, Lord,
Cotton's high, Lord so high.

Your daddy's rich
And your ma is so good-looking, baby.
She's a-looking good now,
Hush, baby, baby, baby, baby now,
No, no, no, no, no, no, no,
Don't you cry, don't you cry.

One of these mornings
You're gonna rise, rise up singing,
You're gonna spread your wings, child,
And take, take to the sky,
Lord, the sky.

But until that morning,
Honey, n-n-nothing's going to harm ya,
No, no, no no, no no, no...
Don't you cry...

terça-feira, 25 de março de 2008

Quando agente acreditava.

Tá certo, eu nunca gostei de blogs e, até hoje, não tenho paciencia para ler a maioria. Então porque estou fazendo um? Porque resolvi apostar em uma das coisas em que um dia eu acreditei plenamente. Escrever.

Escrevia a história de uma mulher. Ela sentimentos grandes demais para habitarem o próprio corpo. Suas correntezas internas se misturavam sobre a forma de redemoinhos e voltavam a verter águas calmas ao final de cada tempestade. E ela sabia, que não existe melhor exorcismo do que a escrita.
Ela chegou a testar novas técnicas de álivio. Mas elas foram falhando uma a uma. E depois de um tempo ela deixou de acreditar em quase tudo que um dia já a havia impressionado.
E onde está ela hoje? Eu não sei. Sua consiência se perdeu por algum dos tunéis escuros do tempo. Ela desapareceu.

O que eu tive em comum com ela, foi o amor pelas palavras. Esses códigos construídos para identificar absrações que são os únicos instrumentos que realmente podem levar qualquer pessoa onde ela quiser ir.
Para mim, escrever é instinto, espasmo involuntário é quase como sangrar.

Bem, voltando a falar daquela mulher, a que desapareceu, ela era uma radical, uma revolucionária, mesmo que dela mesma. Tinha grandes olhos cor de âmbar e vicios profundos e incuravéis.
Ela odiava a banalização e produção de receitas em massa para se produzir escrita. Ela dizia:
- Escrever é poder, é alma e deveria ser privilégio para poucos. Aqueles que não possuem nem ao menos uma centelha de paixão pelo milagre das frases, estes deveriam apenas ler.

Eu li. Li muito sobre diversas coisas.Mas não o sufuciente para escrever. Essa mulher me odiaria hoje, por estar construindo sentenças aleatórias aqui. Mas como minha indulgencia posso afirmar que não estou pronta para escrever de verdade, mas li o suficiente para praticar. E é o que eu pretendo fazer.

Antigamente eu achava que estava apta a viver o que me era negado através da atmosfera invisivél e semi-satisfatória que o mundo proporciona através das palavras.
Mas sei que viver assim é como pegar um trem para o destino com o qual vc mais sonha.
Imagine o melhor... o melhor lugar do mundo. Para chegar lá porém, você deve pegar o expresso, e enquanto você está dentro da cabine, confortavelmente sentado, você olha pela janela, você fantasia os acontecimentos que irão ocorrer quando você chegar ao seu destino.
Viver no mundo das palavras, deixar suas atitudes e sonhos apenas nele, é como viver nesse trem.
É manter o espírito cheio de expectativas, tanto boas quanto ruins. É mergulhar nelas, se emocionar com elas, chorar por elas, mas nunca vivê-las de fato.

Eu acreditava que esse modo de vida poderia ser satisfatório. Como se isso contituísse uma maneira de manter parte dos seus sonhos, que poderiam ser destruídos por completo lá fora, intáctos.
Eu havia assumido um compromisso com as palavras a tanto tempo que nem me lembro mais ao certo de quando foi.
Ultimamente não estou mais ligando muito para isso. Nem para quase nada.

Mas eu ainda tenho algo em comum com aquela mulher que existiu, e é o fato de não conseguir acreditar mais. E antes eu acreditava tanto, tanto.
Mas eu ainda não quero desaparecer. Por isso continuo. Mesmo sem acreditar. Sentindo saudades do tempo em que todo mundo ainda acreditava, e existia.